Bocasanta propõe capacitação em Libras para profissionais na saúde

Através da Indicação 20/2020, protocolada na semana passada, o vereador Dr. Bocasanta (PROS) pede que a Secretaria de Saúde realize estudos para disponibilizar um profissional apto a se comunicar na Língua Brasileira de Sinais – Libras, nas unidades de saúde e farmácias básicas da rede pública municipal, possibilitando o atendimento digno das pessoas surdas.

Como lembra o parlamentar, em 2015 foi aprovado o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que reafirmou o compromisso de toda a sociedade brasileira com a inclusão das pessoas com deficiência e a eliminação das barreiras que afetam negativamente a qualidade de vida e o exercício das potencialidades destas pessoas. “Por isso, garantir um profissional capacitado para se comunicar com surdos na rede básica de saúde é urgente”, defende Bocasanta.

Um estudo realizado em 2019 pelo Instituto Locomotiva relevou que existem no Brasil cerca de 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Deste total, 2,3 milhões possuem deficiência auditiva severa. A surdez atinge 54% de homens e 46% de mulheres, sendo que 9% nascem com esta condição e 91% a adquirem ao longo da vida. “A barreira da comunicação impacta na rapidez e na confiabilidade do diagnóstico, na transmissão das instruções sobre o tratamento e nos pedidos que devem ser feitos de exames e medicações”, lembra o vereador, que também é médico.

Bocasanta sugere que o treinamento seja feito sem custos em parceria com universidades ou com a própria Secretaria de Educação, uma vez que a língua brasileira de sinais é bastante difundida na área educacional. A Libras foi reconhecida legalmente como meio de comunicação e expressão da comunidade surda pela Lei Federal nº 10.436/2002.

Foto: Flavio Ulsenheimer/ Assessoria CMC

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