“Este mandato tem dono, é a classe trabalhadora”, afirma Paulo Porto

O vereador Paulo Porto (PCdoB) usou a tribuna no grande expediente da sessão da Câmara de Cascavel para responder à uma nota lida por deputado estadual na sessão da ALEP (Assembleia Legislativa do Paraná). A nota de repudio ao mandato intitulada “A lei e o respeito acima de tudo” é assinada pela ACIC, pelo Sindicato Rural, outras entidades e faz críticas ao “Voto de Louvor” proposto por Porto em homenagem à “Vigília Resistência Camponesa” que há 67 dias resiste e, às margens da BR 277 saída para Curitiba, segue denunciando os despejos no campo por parte do governo estadual.

Paulo Porto observa que as entidades que assinam a carta são entidades que defendem o fim dos direitos trabalhistas, as mesmas que aplaudem a liberação indiscriminada de agrotóxicos, são as mesmas que atacam as terras indígenas no oeste do Paraná. “São as que respeitam apenas o Deus do lucro em detrimento de todos! São as mesmas que defendem que os ricos fiquem mais ricos à custa de que os pobres fiquem mais pobres!”, afirma.

Para o vereador a autonomia do Legislativo e principalmente do mandato dele são soberanas. “É necessário que se diga a estas entidades que elas não mandam neste mandato, nem nesta Casa Legislativa. É necessário que se diga a estas entidades que os tempos dos coronéis acabou, que Cascavel não é mais uma fazenda iluminada, e que este mandato e este vereador não se intimidam com este tipo de nota. E que este mandato tem dono, que não são as entidades patronais, mas justamente a classe trabalhadora! ”, afirma Porto. O vereador entende que o mandato que ele exerce está exatamente ao lado dos trabalhadores, dos sem-terra, dos vulneráveis, dos pobres, dos pequenos agricultores, dos pequenos empresários e daqueles que mais necessitam de governo. E neste caso, em especial dos camponeses e agricultores dos acampamentos Dorcelina Folador, Primeiro de Agosto e Resistência Camponesa.

No acampamento Resistência Camponesa, os agricultores estão assentados há mais de vinte anos sob a promessa de compra da terra por parte do INCRA. “Tanto é que até ontem era um pré-assentamento reconhecido pelo Estado e hoje este mesmo Estado os ameaça com o despejo”, confirma Porto. Para o vereador, reforma agrária não é caso de polícia e sim caso de política pública e ainda lembra que quem produz comida neste país não é grande agricultor, muito menos o agronegócio, mas sim o pequeno agricultor. “Defender que o camponês tenha acesso a terra é quase uma necessidade neste país onde tem tanta terra sem gente e tanta gente sem-terra” conclui.

“Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem-terra, nenhum trabalhador sem direitos” diz Porto lembrando as palavras de Papa Francisco para deixar claro de que lado está o seu mandato e como seguirá sendo.

Texto Assessoria de Imprensa Vereador Paulo Porto _   Foto: Marcelino Duarte/Assessoria CMC

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