Fórum discute questões ligadas à saúde mental em Cascavel
O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Saúde
“A maior parte das pessoas, quando ouve falar em saúde mental, pensa em ‘doença mental’. Mas, a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. A saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções”, disse a gerente de saúde mental da Sesau, Eliane Giacomeli.
Desde a instituição da Lei 10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, os municípios se mobilizam para a mudança do modelo assistencial previsto, procurando implantar serviços e organizar ações a partir das normativas propostas pelo Ministério da Saúde.
Rede de Atenção Psicossocial
Em 2011, em nível nacional, foi instituída a rede de atenção psicossocial (RAPS) trazendo novas normativas para a implantação de novos serviços e com a proposta de inserção da lógica da atenção psicossocial , além dos específicos de saúde mental, incluindo: atenção primária à saúde, atenção psicossocial especializada, atenção à urgência e emergência, atenção residencial de caráter transitório, atenção hospitalar, estratégias de desinstitucionalização e reabilitação psicossocial. A RAPS é uma poderosa estratégia para realmente redirecionar o modelo assistencial em saúde mental e efetivar o proposto no movimento da reforma psiquiátrica brasileira.
Elliane destaca que ter saúde mental é estar bem consigo mesmo e com os outros; aceitar as exigências da vida; saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis, mas que fazem parte da vida; reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário.
“No entanto, é extremamente necessário ressaltar que todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida, gerando em alguns casos a necessidade de suporte profissional especializado. Por conta disso, há necessidade de uma rede de serviços ampla para trabalhar com a complexidade das demandas que se apresentam na área da saúde mental”, explicou Eliane.