Projeto de Residência Multiprofissional sobre Prevenção ao Suicídio é tema de abordagem junto às Unidades de Saúde

Anderson Henrique Carboni, assistente social residente, leva aos servidores da Atenção Primária todas as orientações quanto à forma de reconhecer e comunicar-se com o paciente em pensamento suicida
A Escola de Saúde Pública da Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel vem acompanhando o trabalho e as ações dos residentes médicos e multitprofissionais. Graças a esse instrumento de comunicação dos profissionais da saúde e os residentes, a população é contemplada com iniciativas de atenção ao ser humano nos mais variados temas.

Um deles é o projeto “Prevenção ao Suicídio na Atenção Primária de Saúde” proposto pelo Assistente Social Residente em Saúde da Família, Anderson Henrique Carboni. O projeto tem como objetivo levar informações sobre o suicídio, expondo suas complexidades (fatores de risco, fatores de proteção, transtornos mentais e posvenção do suicídio), informando como abordar a temática na atenção primária de saúde e qual a melhor forma de se comunicar com o paciente que possua pensamentos de morte e ideação suicida.

Anderson já apresentou o projeto aos servidores de três Unidades de Saúde do Município (USF Interlagos, UBS Vila Tolentino e USF Parque Verde). Em cada unidade, o assistente social residente é acompanhado de preceptores e tutores, que supervisionam a dinâmica do projeto e sua efetivação junto aos servidores e a população.

“Atividades de capacitação em saúde mental, nas UBSs e USFs, são instrumentos de fundamental importância na melhor compreensão do sofrimento psíquico e suas diferentes manifestações”, destacou o médico da família (USF Interlagos), Dr. Cristiano Alex Moreira.

Os encontros realizados por Anderson Henrique Carboni com os servidores das Unidades de Saúde seguem os protocolos de higienização das mãos, distanciamento social e o uso de máscaras.

O Assistente Social Residente criou uma cartilha guia baseando-se nos materiais disponibilizados pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina, como forma de direcionar o tema para Atenção Primária. Com isso, é possível evidenciar o suicídio como um fenômeno multifatorial.

“O projeto aborda um tema importante para o cotidiano profissional e os maiores beneficiários são os usuários do SUS”, detalha a tutora do programa de residência (UBS Neva), Christiani Bortoloto Lopes. Neste mês, mais três grupos de intervenção foram realizados na USF Parque Verde, seguindo a mesma dinâmica de organização e uso de EPIs dos outros encontros.

“Os grupos, com os quais desempenhamos as atividades sobre o tema suicídio foram de grande valia não só para minha carreira profissional, mas também aos servidores das Unidades de Saúde, que neste momento de pandemia tem agravado a sobrecarga mental no cotidiano”, frisou Anderson.

O assistente social residente já está organizando um novo cronograma de visitas para formação de grupos nas demais unidades de saúde do município.

Suicídio em Números

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde no ano de 2019, um óbito suicida ocorre a cada 40 segundos em algum local do mundo. Dessa forma, no total, vem somando-se cerca de 800 mil mortes por suicídio em 1 (um) ano, sendo o percentual de 80% destes óbitos registrados em países de média e baixa renda. Dentro da escala mundial, o Brasil ocupa o 8º (oitavo) lugar no ranking de países com maior incidência de mortes por suicídio, registrando-se, aproximadamente, 11 (onze) mil casos por ano, equivalente a 31 (trinta e uma) mortes por dia e a porcentagem de 5,8% dentre 100 (cem) mil habitantes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *